segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Terapia de Regressão e Hipnose

O uso da Terapia de Hipnose e Regressão tem se tornado comum em diversas áreas, como na medicina e na odontologia, e sua eficácia impressiona, provando que a cura para doenças do corpo e da mente podem estar dentro de nós mesmos. Foi um médico alemão chamado Friedrich Anton Mesmer, o responsável pelas experiências modernas com a hipnose e o transe, a partir da metade do século XVIII. Ele acreditava que podia manipular uma espécie de fluído magnético que existia em todas as pessoas e, com isso induzir seus pacientes à estado  alterados de consciência, que resultavam em comportamentos fora do normal.



Com esses transes, o Dr. Mesmer conseguiu curar um grande número de pessoas, sem precisar prescrever nenhum medicamento, o que obviamente, escandalizou a sociedade científica da época e rendeu a ele uma enxurrada de acusações de charlatanismo. Entretanto, suas descobertas chamaram a atenção de diversos pesquisadores, que passaram a desenvolver teorias para tentar explicar o fenômeno. Ainda hoje existem dúvidas sobre fatores que agem sobre alguém que está em transe hipnótico. Porém, segundo o presidente  e fundador do Instituto Brasileiro de Hipnose Holística, Fernando Rabelo,o grande número de curas, utilizando técnicas de hipnose demonstra que, neste estado alterado, a pessoa pode lançar mão de recursos que não julgava ter para realizar curas de doenças que afetam o corpo e a mente.
Para o Dr. Rabelo, as indicações mais comuns da terapia são nos tratamentos de distúrbios como a síndrome do pânico, a depressão e o estresse. A medicina geral também é outra área em  que a hipnose vem sendo utilizada com sucesso. "É comum o uso de terapia em consultórios médicos para induzir o paciente  a um relaxamento mais profundo. É muito útil em exames ginecológicos ou para dentistas, já que é possível fazer uma extração de dentes, por exemplo, sem anestesia, só com a hipnose, que tem o poder de controlar a dor", esclarece a Dra. Clystine Abram, Presidente do Instituto Brasileiro de Hipnose Clínica. No entanto, em função de sua alta necessidade de concentração, a hipnose não é indicada em pacientes em surto psicótico, assim como para hipertensos, cardíacos e grávidas, já que o transe pode afetar o bebê. Segundo a Dra. Clystine, existem várias técnicas de indução ao transe, entre clássicas e modernas. "Em geral, são conversas calmas, num ambiente relaxante. Também são usadas ações corporais, toques em pontos de acupuntura e movimentos bruscos, que ajudam na quebra dos padrões cerebrais" explica a dra. Tudo depende do nível de relaxamento necessário para a terapia. O mais leve, conhecido como hipnoidal, é o ponto de partida da hipnose e basta que o paciente esteja de olhos fechados.
A partir do estágio médio, a percepção se distorce e, embora o hipnotizado tenha  sensação de sonolência, a consciência se mantém, o que desmente o mito de que, em transe hipnótico, o paciente pode acabar revelando segredos íntimos. "Esse é o grau de transe trabalhado no consultório psicológico. O último nível, mais profundo, de inconsciência, é mais utilizado nos consultórios médicos", explica a Dra. Clystine. Ela afirma, que não existem riscos de "não voltar" do transe. "Se o paciente oferecer algum tipo de resistência, com o tempo o transe se transforma em sono e ele acaba acordando, naturalmente", salienta a Dra.
Uma das técnicas mais interessantes da hipnose é a regressão de idade, nela o paciente em transe é levado a recordar  fatos, alguns já completamente esquecidos, de etapas da vida, enquanto a hipnotista avança ou recua, na tentativa de esclarecer seus comportamentos.
Existe também, a Terapia de Vidas Passadas, em que a maioria dos terapeutas trabalha com ideia de reencarnação. Segundo o hipnólogo, Dr. Fernando Rabelo, a viagem para outras vidas pode ajudar a resolver problemas de presente. Os fatos marcantes e traumáticos do passado são a origem de emoções, sensações e pensamentos que ficam guardados no insconsciente. "Quando a pessoa renasce, isso pode ser ativado e se manifestar de algum modo no novo corpo", ressalta o Dr.
O fenômeno da regressão, assim como a hipnose como um todo, continua desafiando cientistas a esclarecerem teoricamente o processo. Durante a regressão o paciente entra em transe, mas se mantém num estágio intermediário de consciência. Isso permite que  ele relate ao terapeuta que vê ou sente, ajudando o profissional a livrá-lo dos traumas que essas sensações possam ter provocado. "Ao remover esses sintomas, trabalhar emoções, modificar pensamentos e comportamentos, o terapeuta contribui muito para que o indivíduo encontre um novo ponto de equilíbrio interior simultaneamente físico, emocional, mental e espiritual", afirma Fernando Rabelo, garantindo que o bem estar de cada um está muito acima de qualquer comprovação científica.

Fonte: Vera Velasco



Nenhum comentário:

Postar um comentário